quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Respirar é um alívio.
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Uma noite de sábado e vinho:



Patati patata...
uma pedra no meu sapato;
o bichinho caiu na minha coca;
o meu salto prendeu no piso;
que vida mais patética.

O gatinho custa mil e duzentos reais, e é extremamente lindo.. I like it, sosososomuch.! Eu quero um espaço branco para mim. Músicas felizes me lembram mentiras e tédio. Mas eu também gosto de vermelho, que vai muito bem com preto, prata ou dourado.
People change.

so fuck you
and all we've been through
i said leave it
it's nothing to you
and if you hate me
then hate me so good that you can let me out
let me out of this hell when you're around
let me out...

Mais ça que j'aime en toi c'est votre personalité. Et j'aime quand vous souriez à quelqu'un . Et votre peculiarité: vouz êtes très simple. Vous êtes trôp beau. Vous semblez un petit enfant à la nuit de noël. Et c'est très magique.
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Respirar é uma via crucis.



domingo, 17 de outubro de 2010

Em fevereiro, cartas para ninguém.

Carta I

A incapacidade de poder bater, pensar, sem solução. Escuro e imobilidade, essa combinação resultará em que?
E se eu for o fim? Lutar, bater e então chorar baixinho para que ninguém me escute? Acalme-se, é só outro dia ruim, misto de apatia, doçura, tédio. Havia algo a mais, mas escapou.
São batimentos do coração, prótons e elétrons invertendo-se a cada instante. E é banal, mas é importante. Não quero que seus olhos se embacem, meu anjo.
E agora as coisas não fazem sentido! Acredite, o nome é insegurança! E raiva, e desprezo, fracasso, todos humanos são assim.
Seu egoísmo, amargo, sua característica de criança... Não se esqueça, você cresceu! O que passou ao passado pertence. Entretanto eu não queria decepcioná-la.
Se você quer mudar, por onde começar? É difícil, dói, você cai, se machuca, sangra, mas é matéria ainda! Batendo, pulsando, vermelha e quente, perseverança!
Não faz sentido, porque a vida é assim! Os elétrons, neutrinos e quarks, eles fazem sentido sendo invisíveis. Porém a vida não pode ser calculada, visto que não é probabilidade. Falta de conhecimento, desolação, angústia, dor. Se eu mentir, não chore, é um modo de viver.
Pulsando ainda! Veias, coração, pulmões, coração de novo, artérias e depois o restante do corpo. Caso seu coração pare de bater, você será ligado a máquinas e elas movimentarão seu sangue! Mas qual a chance de isso ser a vida se é artificial? Batendo de farsa! Dizem que a alma pesa 21 gramas.

Toda sua,

P.S.- não é dor, mas sim vazio (um pouco de apreensão também).



Carta II

Algo raivoso, mas não fora de controle. Batendo ainda, fluindo pelas minhas veias, indefinido. Esperava que passasse tão rápido quanto veio, mas não passou, mas é o início de uma nova vida.
O erro das pessoas é achar que são insubstituíveis. Ninguém é. Por mais que doa, demore, sempre surge um novo, intenso.
Espero que venha vermelho e rápido. E que demore a passar dessa vez. Desejos são coisas perigosas, mas ainda assim eu desejo, mal de meninas criadas em apartamento e ponto.



Carta III

De novo criança! Alguma coisa está escapando, está perdida! Para que tudo isso? Noites de fevereiro ainda! Elas não me revelam nada! Está congestionado, tudo. Agora tenho a liberdade para escrever, mas não sei como.
Vazio. Pode existir o vácuo dentro de uma pessoa? E eu, existe o que além de órgãos batendo sincronizados e sangue fluindo? Mentir é apenas efemeridade, que tal largar? Eu ainda não sei o que fazer comigo, é só isso.
Isso tudo soa dramático quando visto por fora, mas é um esboço de não-sei-o-que sobre sentimentos. O que fazer? Porque agora o choro não vem da tristeza, apenas da raiva e da humilhação.
Uma hora tudo vai sair, não é? Como uma bomba contando os segundos para explodir. Como viver. Isso foi uma pergunta.
Não cantar, não ouvir, apenas ser. Um ser sendo, sabe? Como sentir o cheiro dos lírios em decomposição e ver as rosas vermelhas murcharem. Ver alguém morrer. E doer, doer tanto, tanto, que há a perda do ar e a força vital; Eu queria ser uma “fazedora de histórias” do mundo.
Viver como nunca antes. É perigoso.

Toda sua,
...

P.S.- chamando! E isso molhado é água.


Carta IV

Eu não sei quem ou o que é você, apenas escrevo, não quero respostas. Apenas escrevo, então isso é viver?
Uma vez me disseram que é muito triste escrever cartas para ninguém, mas no fundo não estamos todos sós? Não estávamos apenas brincando uma brincadeira divertida quando estávamos juntos? É, não é?
O que muitos não entendem é que o ser humano é um ser destrutivo; tanto em relação a si próprio quanto ao que é alheio. Esse pequeno fato torna a solidão algo intrínseco ao ser humano, porque, sabe, mesmo que eu ame alguém ele nunca saberá de tudo sobre a minha vida, o que significa que há um feixe de luz puntiforme ali e o resto é escuridão: falhas.
A vida é assim. Solidão, morte, alegria. Todos se vão, não é? Então por que não consigo completar as lacunas?
A vida não presta? Presta, presta sim. O que não presta é você; abra os olhos.


25 de fevereiro de 2008.