sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
**********************************************************************************
Uma noite de sábado e vinho:
domingo, 17 de outubro de 2010
Carta I
A incapacidade de poder bater, pensar, sem solução. Escuro e imobilidade, essa combinação resultará em que?
E se eu for o fim? Lutar, bater e então chorar baixinho para que ninguém me escute? Acalme-se, é só outro dia ruim, misto de apatia, doçura, tédio. Havia algo a mais, mas escapou.
São batimentos do coração, prótons e elétrons invertendo-se a cada instante. E é banal, mas é importante. Não quero que seus olhos se embacem, meu anjo.
E agora as coisas não fazem sentido! Acredite, o nome é insegurança! E raiva, e desprezo, fracasso, todos humanos são assim.
Seu egoísmo, amargo, sua característica de criança... Não se esqueça, você cresceu! O que passou ao passado pertence. Entretanto eu não queria decepcioná-la.
Se você quer mudar, por onde começar? É difícil, dói, você cai, se machuca, sangra, mas é matéria ainda! Batendo, pulsando, vermelha e quente, perseverança!
Não faz sentido, porque a vida é assim! Os elétrons, neutrinos e quarks, eles fazem sentido sendo invisíveis. Porém a vida não pode ser calculada, visto que não é probabilidade. Falta de conhecimento, desolação, angústia, dor. Se eu mentir, não chore, é um modo de viver.
Pulsando ainda! Veias, coração, pulmões, coração de novo, artérias e depois o restante do corpo. Caso seu coração pare de bater, você será ligado a máquinas e elas movimentarão seu sangue! Mas qual a chance de isso ser a vida se é artificial? Batendo de farsa! Dizem que a alma pesa 21 gramas.
Toda sua,
P.S.- não é dor, mas sim vazio (um pouco de apreensão também).
Carta II
Algo raivoso, mas não fora de controle. Batendo ainda, fluindo pelas minhas veias, indefinido. Esperava que passasse tão rápido quanto veio, mas não passou, mas é o início de uma nova vida.
O erro das pessoas é achar que são insubstituíveis. Ninguém é. Por mais que doa, demore, sempre surge um novo, intenso.
Espero que venha vermelho e rápido. E que demore a passar dessa vez. Desejos são coisas perigosas, mas ainda assim eu desejo, mal de meninas criadas em apartamento e ponto.
Carta III
De novo criança! Alguma coisa está escapando, está perdida! Para que tudo isso? Noites de fevereiro ainda! Elas não me revelam nada! Está congestionado, tudo. Agora tenho a liberdade para escrever, mas não sei como.
Vazio. Pode existir o vácuo dentro de uma pessoa? E eu, existe o que além de órgãos batendo sincronizados e sangue fluindo? Mentir é apenas efemeridade, que tal largar? Eu ainda não sei o que fazer comigo, é só isso.
Isso tudo soa dramático quando visto por fora, mas é um esboço de não-sei-o-que sobre sentimentos. O que fazer? Porque agora o choro não vem da tristeza, apenas da raiva e da humilhação.
Uma hora tudo vai sair, não é? Como uma bomba contando os segundos para explodir. Como viver. Isso foi uma pergunta.
Não cantar, não ouvir, apenas ser. Um ser sendo, sabe? Como sentir o cheiro dos lírios em decomposição e ver as rosas vermelhas murcharem. Ver alguém morrer. E doer, doer tanto, tanto, que há a perda do ar e a força vital; Eu queria ser uma “fazedora de histórias” do mundo.
Viver como nunca antes. É perigoso.
Toda sua,
...
P.S.- chamando! E isso molhado é água.
Carta IV
Eu não sei quem ou o que é você, apenas escrevo, não quero respostas. Apenas escrevo, então isso é viver?
Uma vez me disseram que é muito triste escrever cartas para ninguém, mas no fundo não estamos todos sós? Não estávamos apenas brincando uma brincadeira divertida quando estávamos juntos? É, não é?
O que muitos não entendem é que o ser humano é um ser destrutivo; tanto em relação a si próprio quanto ao que é alheio. Esse pequeno fato torna a solidão algo intrínseco ao ser humano, porque, sabe, mesmo que eu ame alguém ele nunca saberá de tudo sobre a minha vida, o que significa que há um feixe de luz puntiforme ali e o resto é escuridão: falhas.
A vida é assim. Solidão, morte, alegria. Todos se vão, não é? Então por que não consigo completar as lacunas?
A vida não presta? Presta, presta sim. O que não presta é você; abra os olhos.
25 de fevereiro de 2008.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Sempre sua,
L.
sábado, 3 de julho de 2010
Foi como aconteceu conosco. Seus cabelos pretos, já tão translúcidos, desaparecendo no ar. Como se você nunca houvesse existido, Tom. Como se eu nunca tivesse desenhado seus traços na minha mente, como se jamais houvesse imaginado seu cheiro sutil e complexo. Um fiapo diante do infinito.
Já faz doze anos que você não passa de história. Um mito que marcou não apenas a mim, mas a toda a população mágica. Medo, morte e desconfiança, Tom, as palavras que compunham seu hino, não é mesmo? E você se desmanchou no ar, como se fosse apenas uma imaginação coletiva. Como se eu nunca houvesse me desesperado tanto por você.
O que dói em mim, naquela parte escura do meu ser (E eu não sei que parte é, Tom! É minha alma ou meu cérebro? O coração sente ou apenas pulsa? Porque ele também dói.), é perceber como ainda ouço o som das suas risadas nos corredores escuros, porque você era aquela pessoa amada e cruel que se escondia e ria.
Eu tenho Harry, afinal. No fundo eu sei que você se orgulharia de mim, porque aquela garotinha inocente de onze anos transformou-se em uma mulher, finalmente. E essa mulher consegue o que quer e gosta do que vê, exatamente como você agia. Engraçado perceber a força que eu fiz para te odiar sendo que neste momento possuo características que você plantou naquela menininha e que agora germinaram. Como seu eu fosse um projeto, como se eu, apesar de tantos anos, continuasse sendo seu projeto.
Crer que você não existe mais, Tom, saber que não verei novamente seus olhos grafite simplesmente me enfraquece. Doze anos tentando te odiar e no fim sentir apenas dor, e dor por mim mesma, por ter sido tão ingênua, por não ter te captado, por não ter te tocado do jeito que eu queria. Machuca muito.
E meu último pedido, antes de irmos para a Câmara, não era sobre Harry, Tom. Nunca subestime uma criança com perspicácia de mulher. Eu só queria me esquecer.
Personagens da J.K.Rowling. Divagações minhas.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Você não conhece a Clarice, não mesmo.
domingo, 27 de junho de 2010
Você pode ficar aqui até o fim de julho, nem mais, nem menos, e se quiser mudar, bem, talvez eu te aceite. Talvez. Se ão mudar e também não quiser ir, eu te colocarei em um caixão, para sempre. Não diga que não avisei.
Eu tenho algo muito, muito obscuro dentro de mim. Que egoísta, todos nós temos. Como uma pessoa que em um corredor escuro se esconde e ri. Como aquela pessoa que coleciona corações. Uma filha da puta. Presente.
Perguntaram : "você é gaúcha?" "Não, não" "Parece, você é branca, tem olhos claros e é bonita" e então eu pensei que esse terceiro havia bebido muito ou queria algo extremamente fácil... sinto desapontar, pessoa errada, campeão.
Amo e odeio. Isso dói.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Amo as madrugadas. Tenho tendência à melancolia (bem perceptível, não?). Sou egoísta. Quase atropelei uma pessoa esses dias e chorei de pavor.Em uns dias eu bebo. Às vezes fumo, quando estou triste. Sou extravagante e juro que é sem querer.
Sou destrutiva. "O desejo é um impulso de auto destruição", como já dizia ly.Minha sorte é irônica.Tenho um ciúmes que me incomoda, pois sou mais Sartre do que Beauvoir.Perco amigos com facilidade, infelizmente.
**************************
"O destino está além do real."- by Fabi
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Eu já tentei não me importar, o que aconteceu foi que eu falhei. É muito difícil ser sincera, mentir não é fácil também. E para mim é difícil ser agradável, sou ácida demais por isso; não por inveja ou maldade, apenas realidade.
Às vezes sou Blue Van Meer, às vezes Simone de Beuvoir, na maioria das vezes sou Scarllet O'hara.Também sou Cláudia, a vampira presa a um corpo de menina, mas passei um pouco dos vinte. Tenho a extravagância de Lestat. Também sou aquela menina por quem você se apaixonou aos treze, e que aos dezessete você transou e descartou . E, meu amor, sem ressentimento, você tem a minha palavra nisso.
Dá para mudar totalmente em 1 mês? Eu queria muito...
quinta-feira, 29 de abril de 2010
************
"Vivi demais cedo demais, e por demais solitária. Eu não mereço que cuidem de mim. Fico sem entender. Não preciso de ninguém."
"O que a gente chama de amor é apenas o álibi consolador da união de um perverso com uma puta, é somente o véu rosado que cobre o rosto assustador da Solidão invencível."
Hell- Lolita Pille
************
Que pena! Essa foi a frase que lhe ocorreu... Esperava um bater forte no peito, um gelo nas mãos e... nada aconteceu. “Que pena!" - ela pensou. Achou que fosse “ele”... Será que era por isso que adiava um reencontro? Para não frustrar suas expectativas e poder continuar alimentando um amor que nem sequer se manifesta? "Que vazio é esse?" - Ela se perguntou.
“Eu te amo, mas, porque inexplicavelmente amo em ti algo mais do que tu, eu te mutilo.”
(Lacan, 1990)
************
"Ser feliz é pra se conseguir o quê?"
"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."
Clarice Lispector
***********
"Ela havia amado demais, era esse o problema. Amar demais nunca é bom. Dói. O amor é bom, mas dói demais. Se você pensar por um instante é algo bonito, o amor é muito bonito na teoria. Todo aquele drama, o desespero, a arrebatação, o coração palpitando... e depois finalmente o encontro, noites e noites juntos se reunindo para amar e dormir, para velar o sono daquela pessoa e ver as lágrimas que às vezes ela solta durante à noite. Um sonho. Até que vocês acordam para a vida. As pessoas invejando sua felicidade, o mau humor, a depressão do mundo moderno, as explosões repentinas. O amor é algo grande e assustador, uma ilusão agridoce. Mas nunca é perfeito, não existe perfeição."
***********
"Ton souvenir en moi luit comme un ostensoir!"- Baudelaire
quarta-feira, 17 de março de 2010
O que eu sinto não é desalento porque é indiferente. É patético, quase uma história de outra pessoa normal, com dilemas sem graças e uma vida tão confusa quanto a das outras bilhões de pessoas que existem. È a mesma história, é claro, mas ao invés de a pintarmos de vermelho, pintaremos de azul. É tão cansativo fingir que se importa. É tão cansativo se importar, mas não conseguir mais sentir a essência daquilo com que você se importa. Não é sofrimento, é uma constatação. Há um instante na sua vida que as coisas não conseguem mais te comover.
No momento eu queria morangos e desenhos da Disney. O colo da minha mãe. Correr descalça e descabelada. Tomar banho de chuva. Gritar. Crescer pra que, gente?
“Estou sem tempo para distrações.”
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Bem, sábado a noite e aqui estou eu, em casa, blawhiskas, mimimi. Acontece que estou cansada e com tédio e ligeiramente gorda e manca (oi Cristal!). Então, vendo que nenhum dos meus amigos têm paciência para as minhas filosofias idiotas e crises existenciais non-sense, resolvi criar um blog. Claramente C. já havia sugerido,mas eu não tinha desconfiado que era porque eu estava enchendo furiosamente o saco dela... foi mal C.!
Realmente nada acontece na minha vida. Ok.Sem problemas. Sou gorda, ligeiramente vesga e futuramente meio manca e com uma agenda lotada diariamente por merdas de estudos por não ser suficientemente esforçadzzzz.
Agora, realmente: Prazer, sou Moira*. Tenho 20 anos, sou extremamente paranóica e no momento estou trabalhando minha cara de pau- nível iniciante, etc.- e sociabilidade (escala em 3 abaixo de zero). E também não sei escrever de acordo com as novas normas do português- shame on me (not).